Desafios diários podem ser enfrentados com maior confiança e bem-estar emocional.
O processo natural do envelhecimento perpassa por desafios que incluem mudanças físicas, mentais e sociais. À medida que os anos avançam, o metabolismo e a força muscular diminuem e dificultam a realização de atividades diárias. Esses aspectos influenciam diretamente na qualidade de vida e na autonomia, mas as práticas de autocuidado podem contribuir para reduzir os impactos no dia a dia.
De acordo com uma pesquisa conduzida com idosos da comunidade de Montreal, no Canadá, o declínio dos níveis de autoestima pode favorecer a desregulação do funcionamento do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, que atua na resposta aos estímulos externos e internos, incluindo os estressores psicológicos.
É inevitável passar por mudanças naturais, como perda de colágeno, redução da elasticidade da pele, alterações posturais e mudanças anatômicas em membros do corpo. O surgimento de limitações traz consequências como a diminuição da autonomia e a restrição de funções sociais. Dessa forma, a baixa autoestima promove o isolamento e a redução da qualidade de vida dos idosos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), as doenças neurodegenerativas, o etarismo, o abandono familiar, a solidão e a aposentadoria, que resultam na perda das atividades rotineiras, estão entre as causas mais comuns da depressão na terceira idade.
No Brasil, a população está envelhecendo rapidamente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a projeção é que, até 2060, as pessoas com mais de 65 anos representem cerca de 25,5% da população brasileira. Os cuidados direcionados ao público da terceira idade se tornam ainda mais necessários em um cenário de tendência de longevidade.
Enquanto a negatividade na autoavaliação pode levar a problemas psicológicos e emocionais, a autoestima positiva facilita com que os desafios diários sejam enfrentados com maior confiança e bem-estar emocional, garantindo um envelhecimento mais saudável e feliz.
Estilo de vida saudável traz benefícios para o corpo e a mente
Adotar hábitos de vida mais saudáveis, como a prática de atividades físicas, pode resgatar a independência, promover o bem-estar e ajudar a desfrutar de uma vida com mais qualidade. O Ministério da Saúde aponta que um idoso mais ativo se sente menos cansado e com menos dores nas articulações e nas costas.
O órgão destaca, ainda, que a mente também ganha com esses benefícios, pois experimenta uma redução dos sintomas de ansiedade e depressão, além da melhora da autoestima, da imagem corporal e dos sentimentos relacionados à solidão.
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas observou que mulheres idosas que não praticam atividades corporais sistemáticas apresentaram uma autoestima mais baixa em relação às idosas ativas.
O desenvolvimento de novas habilidades, a sensação de eficiência, a autonomia e a socialização proporcionada pelo maior contato social, por ser executada em grupos organizados, estão entre os benefícios atribuídos à prática corporal, segundo a pesquisa.
A independência e a autoimagem positiva motivam, também, o autocuidado e manutenção de hábitos saudáveis e preventivos, como consultas médicas regulares, alimentação balanceada e complementação com suplementos alimentares de qualidade.
Entre os benefícios do colflex cúrcuma, por exemplo, está a obtenção de vitaminas, minerais, proteínas e outros componentes indispensáveis para o bom funcionamento do organismo durante o processo de envelhecimento.
Idoso deve ser incluído nas decisões
A independência é um fator importante para qualquer pessoa. Envolver os idosos em decisões e tarefas cotidianas eleva a sua autonomia, seja no planejamento e preparo de refeições, idas ao mercado ou buscar sua opinião em questões simples.
Pensando que muitos indivíduos da terceira idade se sentem subestimados e incapazes de realizarem algumas atividades, delegar responsabilidades a eles ajuda com que se sintam mais úteis e importantes.
Comportamentos de superproteção podem ocasionar insegurança e, segundo o Ministério da Saúde, respeitar as preferências da pessoa idosa é benéfico para a sua autoestima como, por exemplo, a escolha da roupa ou do perfume para o dia-a-dia.
A SBDD ressalta que, para aumentar o estímulo para lidar com os desafios diários, a participação da família é muito importante, demonstrando apoio, solidariedade, empatia e acolhimento.
Socialização contribui para o envelhecimento saudável
A baixa autoestima da pessoa idosa também pode estar ligada ao sentimento de solidão e falta de suporte, sobretudo, afetivo. A SBGG orienta promover a socialização para ajudar a manter a saúde mental, manter a cabeça ocupada com passatempos – como leitura, filmes, músicas e culinária – e aprender algo novo.
Estudo publicado na revista Psicologia e Pesquisa, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mostrou que idosos que participam de grupos de convivência apresentam melhores repertórios de habilidades sociais, com destaque para a autoafirmação na expressão de sentimentos positivos, bem como autoestima elevada.
Ao motivar interações humanas, esses grupos contribuem na manutenção e no fortalecimento das habilidades sociais, buscando preservar e potencializar as funções cognitivas, sociais e psicológicas e contribuindo para o envelhecimento saudável.