Saúde 2024

Saúde menstrual: saiba como reconhecer os sinais anormais no seu ciclo

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Dores pelo corpo, cólicas intensas, ciclo irregular, fluxo excessivo ou até mesmo ausência de menstruação são alguns dos indícios de anormalidades no ciclo. Aquela borra de café que aparece no absorvente também conta como menstruação, que, se prolongada, pode ser um sinal de que algo não está bem.

Segundo estudo divulgado pelo Ipec — Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, mulheres entre 16 e 24 anos são as mais afetadas com a intensidade do período, sentindo os impactos no cotidiano. Ainda de acordo com a pesquisa, mais de 80% das respondentes afirmaram que os efeitos da menstruação atrapalham a rotina diária.

Mudanças físicas, mentais e emocionais são comuns durante todo o período, que dura em torno de 28 dias. Por isso, é tão importante realizar exames e ter acompanhamento médico frequente, para que, em caso de alterações, haja um tratamento efetivo.

A seguir, destacamos quatro condições de anormalidade no ciclo, que, se identificadas, podem representar sérios problemas. O ideal é buscar ajuda quanto antes, procurando o auxílio de um ginecologista.

Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)

Considerado um agravamento da TPM (tensão pré-menstrual), o transtorno disfórico pré-menstrual, TDPM, atinge as mulheres mais sensíveis com a oscilação de hormônios durante o ciclo. Apresenta indícios que costumam aparecer de cinco a sete dias antes da menstruação, que podem ser identificados por meio de sintomas, como:

A TDPM pode trazer dificuldades para o cotidiano da mulher, alterando a qualidade de vida e a produtividade. Nos casos críticos, é necessário o uso de antidepressivos e medicamentos que auxiliam na regulação do sono. Além do acompanhamento médico, a adoção de hábitos saudáveis e a prática de exercícios são grandes aliados no processo.

Sangramento uterino anormal (SUA)

O sangramento uterino anormal (SUA) é considerado uma anormalidade no fluxo de mulheres que não estão grávidas, de acordo com a regularidade, duração e intensidade. Alguns indicativos são:

Histórico familiar de sangramento em excesso e obesidade podem ser fatores de risco para mulheres com essa condição. Por isso, o autoconhecimento é fundamental no processo, para perceber as mudanças no ciclo e buscar auxílio médico quanto antes. Desse modo, evita-se que a anomalia chegue em estágios mais graves.

Endometriose

Outra condição comum entre as mulheres em idade reprodutiva é a endometriose, que atinge cerca de uma a cada dez mulheres no mundo. Ela se caracteriza pela presença do endométrio em outras partes do corpo, como bexiga, abdome, ovários e intestino, causando sintomas, como:

O diagnóstico pode ser feito por meio de exame clínico, ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética. O tratamento acontece de acordo com o estágio em que está a paciente, por meio de hormônios ou, até mesmo, cirurgia.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

Essa síndrome se caracteriza por apresentar cistos com líquidos nos ovários, que causam a irregularidade no ciclo, podendo, em casos mais graves, gerar infertilidade. A SOP pode se manifestar com sintomas, como:

Avaliação de um especialista e análise hormonal são fundamentais para identificar a síndrome. É vital buscar ajuda quanto antes, fazer acompanhamento médico regular e cuidar da saúde não só pelos sintomas que alteram a qualidade de vida, mas para que essas anomalias não se desenvolvam em estágios mais graves.

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